quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Azeites: extravirgens só no rótulo

Se você costuma optar pelos azeites extravirgens por acreditar que eles sejam mais puros, saborosos e saudáveis, é melhor tomar cuidado, pois você pode estar sendo enganado. Das marcas de azeites que testamos, boa parte dos que se dizem "extravirgens", na verdade, não passa de "virgens" e alguns são até "lampantes". A PROTESTE já realizou quatro testes com esse produto, e, este foi o que teve pior resultado, com o maior número de fraudes contra o consumidor. Verificamos se havia produtos adulterados, ou seja, comercializados fora das especificações estabelecidas por lei. E, também que preço e renome nem sempre são sinônimos de maior qualidade. O melhor do teste foi, de fato, o que custa mais caro entre os testados. Porém, nossa avaliação mostra que há outros produtos de boa qualidade que custam bem menos. Fizemos a análise sensorial em laboratório reconhecido pelo Conselho Oleico Internacional (COI). Eles avaliaram a qualidade das amostras quanto ao aroma, à textura e ao sabor de acordo com parâmetros técnicos. Segundo a legislação, em azeites extravirgens não podem ser encontrados defeitos na análise sensorial. Analisamos diversos parâmetros físico-químicos para detectar possíveis fraudes: Presença de óleos refinados; Adição de óleos obtidos por extração com solventes; Adição e identificação de outros óleos e gorduras; Adição de outras gorduras vegetais; Na análise sensorial, apenas oito marcas tinham qualidade de azeite extravirgem de acordo com os especialistas. Entre as outras, sete alcançaram defeitos que, pela legislação, as caracterizavam como azeites virgens. São elas: Borges Carbonell Beirão Gallo La Espanhola Pramesa Serrata As quatro marcas com problemas de fraude foram também consideradas, pela análise sensorial, como azeites lampantes. São elas: Tradição Quinta da Aldeia Figueira da Foz Vila Real Fonte: proteste.org.br

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Óleos essenciais: novos aliados no combate a bactérias

Danielle Kiffer UFSC/ Shirley C. da Rosa Alfavaca: pesquisa comprova ação antimicrobiana contra a bactéria Staphylococcus aureus, causa de infecções hospitalares A rica diversidade da flora brasileira abre uma grande possibilidade de alternativas para o desenvolvimento de medicamentos. Para o químico Humberto Ribeiro Bizzo, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), por suas propriedades terapêuticas, o extrato de certas plantas pode contribuir para combater diversas bactérias. Motivo para que o pesquisador e sua equipe venham estudando as funções de óleos essenciais e extratos de plantas, como o breu, a sacaca, o poejo e um tipo de alfavaca, que podem se tornar o ponto de partida para o desenvolvimento de novos medicamentos. O estudo teve subsídios da FAPERJ por meio do edital de Apoio a Grupos Emergentes de Pesquisa (Pronem), parceria da FAPERJ com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que vem sendo desenvolvido com a participação da Faculdade de Farmácia e Instituto de Microbiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O químico adianta que, nas pesquisas em laboratório até agora realizadas, as plantas estudadas têm se mostrado eficazes em inibir o desenvolvimento de certos micro-organismos. A pesquisa se utiliza dos mecanismos de defesa das plantas, seja contra outras espécies vegetais ou contra doenças. "Na natureza, esses mecanismos muitas vezes são substâncias produzidas pelas plantas para se defender contra fungos e bactérias que as atacam", exemplifica Bizzo. Com base na literatura científica e no emprego que muitas delas têm na medicina popular, a equipe selecionou diversas plantas: o breu branco (Protium spp.), árvore que produz uma espécie de resina; a sacaca (Croton cajucara), de origem amazônica; o poejo (Hesperozyges mirtoides), e a alfavaca (Ocimum selloi). Todas elas com atividade antimicrobiana contra a bactéria Staphylococcus aureus, conhecida como uma das principais responsáveis pelas infecções hospitalares, e contra o fungo Candida albicans, causador da candidíase, entre outros resultados. Segundo o pesquisador, o projeto envolve três etapas: a primeira delas é a extração de óleos essenciais pela técnica de hidrodestilação; em seguida, os óleos são analisados por cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas para a identificação de seus constituintes químicos. A terceira etapa é testar a atividade antimicrobiana desses óleos, o que é feito no Instituto de Microbiologia da UFRJ. "Com os recursos recebidos, o pesquisador e seu grupo adquiriram equipamentos de última geração para a análise química das características de cada planta até chegar a seu princípio ativo. Esse equipamento – o sistema de cromatografia em fase gasosa acoplada à espectrometria de massas – está sendo empregado para separar e identificar as substâncias químicas presentes nos extratos de cada planta. "Isso é importante porque podemos, juntamente com os estudos de microbiologia, tentar descobrir qual, ou quais, substâncias presentes têm a atividade biológica observada. Essa informação pode ser útil para, em novos projetos, orientar os agrônomos a desenvolver cultivares dessas plantas com maior teor das substâncias responsáveis pela atividade biológica", explica o pesquisador. Para confirmar tais propriedades, Bizzo tem promovido testes in vivo e in vitro. "Essa atividade biológica tem sido testada a partir dos óleos essenciais de cada uma das plantas. Em seguida, verificamos a eficácia específica de cada um deles contra cada bactéria ou fungo em análises de crescimento bacteriano in vitro. Durante o procedimento, também avaliamos a quantidade necessária de extrato para a inibição do desenvolvimento da bactéria, ou seja, a concentração inibitória mínima.” Segundo o pesquisador, o óleo essencial de sacaca se mostrou ativo contra Staphylococcus aureus do tipo resistente ao antibiótico meticilina. "Isso não quer dizer que este óleo seja mais ou menos eficaz do que um determinado antibiótico, já que não efetuamos testes especificamente sobre esse aspecto. Mas ele apresenta ação antimicrobiana para uma cepa de bactérias contra a qual vários antibióticos não produzem efeito." Dentre as plantas testadas, a espécie que se mostrou mais eficaz contra a Candida albicans também foi a sacaca. Animados com esses resultados iniciais, a equipe espera começar a desenvolver um medicamento tópico, com base nessa planta, para o tratamento da candidíase. "O medicamento será elaborado pela Faculdade de Farmácia da UFRJ", adianta Bizzo. O químico faz questão de ressaltar que todas as espécies utilizadas no projeto foram coletadas dos bancos de germoplasma da Embrapa e de parques e reservas federais com autorização do Conselho Federal de Patrimônio Genético (CGEN). "Ainda há plantas a serem testadas, mas até o final de 2013 devemos ter concluído nosso projeto. Já finalizamos grande parte das pesquisas, tendo sido publicados boa parte dos resultados, sob a forma de artigos científicos." Fonte: FAPERJ – Todas as matérias poderão ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

domingo, 10 de novembro de 2013

URI promove curso para produção de panetones

Faltando menos de dois meses para a chegada do Natal, o Curso de Engenharia de Alimentos da URI Erechim está promovendo um curso especial de produção de panetones. Além de ser destinado aos acadêmicos do Curso, a Instituição está abrindo vagas para outras pessoas interessadas da comunidade. O curso, que vai ser realizado no dia 29 de novembro, na miniusina de cereais e derivados, junto ao Centro Tecnológico da Universidade, tem como objetivo qualificar acadêmicos e outros participantes tornando conhecida a arte da produção deste tipo de produto muito consumido nesta época do ano. Segundo a coordenadora do Curso de Engenharia de Alimentos, Geciane Toniazzo, “a iniciativa quer trazer também uma contribuição à agroindústria, no ramo de panificação, que tem se mostrado uma das principais atividades para garantir o desenvolvimento sustentável do meio rural da região”. As inscrições estarão abertas de 1º a 15 de novembro pelo fone 3520-9000, ramal 9173.