sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Apresentação de cases de sucesso - como se manter competitivo e ter lucro no ramo leiteiro

Os palestrantes da tarde de hoje apresentaram suas experiências bem sucedidas em granjas leiteiras de pequenas áreas (menor que 80ha) mas com grandes rentabilidades. Eles apresentaram a dificuldade e resistência a mudança para o uso consciente e integrado da propriedade e forma a obter total e melhor aproveitamento, foram unânimes em dizer que a gestão da propriedade é o inicio de tudo, é preciso marear a terra para extrair dela o seu melhor e também para fazer as correções de solo e divisão de piquetes da melhor maneira possível. Com relação a pastagem todos concordam que também é um ponto crucial, responsável por boa parte do suporte energético dos animais que será convertido em leite e portanto tem que determinar o ponto mínimo e máximo de corte das forrageiras para evitar desgaste e demora na recuperação desta pasto, o ideal é ofertar apenas a parte superior do pasto. Para um bom rendimento da propriedade os custos com ração devem ser reduzidos ao máximo e dai a importância em cuidar do pasto. E acima de tudo, planejar, executar e avaliar com registro de tudo para poder acertar a rota e seguir em frente pois quem nao sabe onde esta nao tem como determinar onde quer chegar. Fonte:juliana Barbosa - Interleite Passo Fundo/RS.

Toxinas produzidas por fungos contaminam alimentos e podem causar

Cientistas da Espanha alertam para a presença de micotoxinas em frutas, cereais e produtos derivados. Em excesso, essas substâncias podem causar intoxicação e até câncer A grande preocupação em torno dos alimentos transgênicos e do uso de agrotóxicos e conservantes pode ofuscar os cuidados com um inimigo natural dos cereais, das frutas e dos vegetais que também tem potencial para comprometer a saúde humana. Produzidas por fungos durante a ação de decomposição do alimento, as micotoxinas são altamente tóxicas e cancerígenas. O consumo desavisado desses compostos preocupa especialistas em todo o mundo e recentemente foi alvo de três artigos científicos das universidades de Granada e de Valência, ambas na Espanha. Após uma série de análises em sucos de maçã, cereais e derivados, como a cerveja, os pesquisadores identificaram níveis de micotoxinas além do estabelecido pela União Europeia. Mais de 50% das amostras analisadas de suco de maçã excederam os limites estipulados por lei, com riscos graves para a saúde dos consumidores. No Brasil, o monitoramento industrial é de primeira linha, dizem especialistas, que também fazem um alerta: é preciso tomar cuidado ao comprar frutas e legumes, principalmente os que não são submetidos à fiscalização sanitária. Primeiro, os cientistas espanhóis desenvolveram técnicas que aprimoraram o processo de avaliação da quantidade limite de micotoxinas para o consumo humano e animal. Depois, os pesquisadores da Universidade de Granada usaram o método desenvolvido, chamado de microextração e eletroforese capilar, para explorar as concentrações da micotoxina patulina em 19 lotes de oito marcas de suco de maçã comercial. Os produtos foram separados em suco tradicional, orgânico e destinado a crianças. Foi classificada como orgânica, a bebida produzida dentro do laboratório a partir de maçãs in natura. A patulina surge de diversas espécies de fungos encontrados naturalmente em frutas, principalmente em maçãs. Eles são transferidos para os sucos durante o processamento por causa principalmente da alta solubilidade em água. Na União Europeia, os níveis máximos de patulina estabelecidos são de 50 microgramas por quilo (mcg/kg) para sucos de frutas e néctares, 25mcg/kg para polpas e outros produtos sólidos de maçã e 10mcg/kg para produtos destinados a bebês em amamentação e crianças. As análises mostraram, porém, que algumas amostras de sucos de maçã convencional alcançaram 114,4mcg/kg, sendo que um lote para bebê chegou a 162,2mcg/kg, cerca de 15 vezes o limite legal. “Mesmo assim, não é uma das micotoxinas mais perigosas para a saúde e está incluída no grupo 3, das micotoxinas ainda não comprovadamente cancerígenas, de acordo com a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (EFSA)”, detalha Monsalud del Olmo, um dos autores do estudo publicado na revista Food Control. Os sucos de produção doméstica apresentaram uma quantidade de micotoxina expressivamente menor que os industrializados. Segundo a professora Vildes Scussel, do Laboratório de Micotoxicologia e Contaminantes Alimentares, da Universidade Federal de Santa Catarina (Labmico/UFSC), o processo de coleta e de armazenamento das maçãs para o posterior processamento do suco pode ser considerado o principal fator dessa contaminação. Para fazer a bebida em casa, o indivíduo já tem frutas selecionadas, que serão processadas uma a uma para o consumo imediato. “Industrialmente falando, a quantidade de maçã é muito maior. Nesse volume muito grande, podem vir maçãs machucadas mecanicamente ou já estragadas. Mesmo que tentem selecionar, podem passar algumas e a possibilidade de presença da patulina é maior”, avalia. O dano mecânico provocado por batidas e quedas da fruta é a principal porta de entrada para a formação de bolor pelo fungo e, consequentemente, a liberação por ele da micotoxina. “A possibilidade de contaminação é maior na indústria porque a quantidade de maçã utilizada vem em toneladas. Ali, você provavelmente terá frutas deterioradas ou emboloradas que também serão transformadas em suco ou em polpa e espalharão a contaminação pelo grupo”, ressalta Scussel. Outro ponto levantado pela especialista é que, normalmente, as maçãs em melhor qualidade visual de formato e de cor são comercializadas in natura. Já aquelas com problemas de coloração ou machucadas são destinadas à produção do suco. “Não que seja um objetivo da indústria, até porque as empresas não querem ter produtos contaminados, mas é um princípio normal. Acontece também com o amendoim. Aqueles sem manchinhas viram petisco, já os de menor qualidade podem ser moídos para a produção da paçoquinha”, compara. Até na cerveja Cereais e derivados como o milho e até mesmo a cerveja podem apresentar outras toxinas de fungos, como as fumonisinas e as ocratoxinas — classificadas como provavelmente cancerígenas pela EFSA. Esses alimentos foram analisados por pesquisadores da Universidade de Valência especialmente quanto à diferença da versão convencional e orgânica. Eles examinaram 1.250 amostras de produtos à base de cereais da Espanha, da França e da Alemanha, e os resultados mostraram que quase 11% dos orgânicos continham fumonisinas, enquanto que, nos convencionais, essa porcentagem caía para 3,5%. “A explicação pode ser que os produtos alimentares orgânicos não contenham fungicidas ou outros pesticidas. Assim, os fungos podem ter um ambiente mais favorável, o que aumenta as toxinas produzidas por eles. No entanto, em qualquer um dos casos, há outros fatores importantes para a produção de micotoxinas, como as condições climáticas — o calor e a umidade beneficiam esses microorganismos — e as condições de armazenamento”, acredita Josep Rubert, pesquisador da Universidade de Valência e um dos autores do estudo publicado na Food and Chemical Toxicity. A equipe liderada por Rubert também analisou amostras de cerveja da Alemanha, da Bélgica, da República Tcheca, da Itália, da Irlanda, da Polônia e da Espanha. As quantidades de micotoxinas detectadas nas bebidas foram baixas, mas não foi possível determinar se elas podem ser prejudiciais à saúde, já que não são reguladas pela agência de vigilância sanitária. Segundo Carlos Augusto Mallmann, coordenador do Laboratório de Análises Micotoxocológicas da Universidade Federal de Santa Maria (Lamic/UFSM), o país que mais controla esses fatores é o Brasil. “Somos modelo mundial no gerenciamento desse tipo de contaminação. A indústria da cerveja é monitorada há 15 anos para garantir a qualidade. Problemas também temos, mas não estão na indústria.” Mallmann afirma que a dificuldade está na cadeia não controlada e de baixa tecnologia. A área mais preocupante é aquela que sofre de baixa visibilidade econômica. “A solução do problema está em políticas de promoção dos pequenos produtores que estão às margens da fiscalização ou da regulação”, defende. Mallmann sugeres que as pessoas tenham cuidado ao comprar alimentos na beira de estrada ou sem procedência garantida. Nesses casos, não é possível avaliar ou ter certeza de que os níveis de micotoxinas estão dentro do considerado saudável pelas autoridades em saúde. Para saber mais: Regulação brasileira em implementação Os alimentos comercializados no Brasil devem respeitar um limite máximo para a presença de micotoxinas, de acordo com a Resolução RDC 07/2011, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma da agência estabelece limite para 14 categorias de alimentos, como leite e produtos lácteos, sucos de maçã e uva, café torrado (moído ou em grão) e solúvel, entre outros. Dentro dos limites estabelecidos pela Anvisa, o consumo dessas substâncias é considerado seguro. A resolução, no entanto, ainda está em processo de implementação. Para se adaptar a ela, os produtores de alimentos seguem um cronograma já em vigor e que será finalizado em janeiro de 2016. O descumprimento da resolução da Anvisa é considerado uma infração sanitária. Se, ao longo do processo de implementação da norma, forem identificadas irregularidades, as empresas podem sofrer sanções que variam de notificação a multa de R$ 1,5 milhão. Fonte: http://sites.uai.com.br. Colaboração Raíza Mesquita

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Uso adequado de pastagens

Pastagens multifuncionais segundo Davi Teixeira O palestrante fez uma brilhante apresentação sobre o uso consciente de pastagens, sobre a forma de manejar o pastejo dos animais, rotacionar culturas, correção de solo, etc. Embora este tema não esteja diretamente ligado a qualidade de alimentos, tema central do blog, ele tem importância subjetiva uma vez que a alimentação do gado leiteiro influencia diretamente na qualidade do leite produzido e no potencial de produção da propriedade evitando com isso práticas escabrosas que acabam com todo esforço para a produção com qualidade. Fonte: juliana Barbosa - Interleite 2013

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Como manter a competitividade no leite

Como manter a competitividade nos custos atuais dos alimentos Segundo Deivid Roni Ribeiro e Renato Palma Nogueira Os insumos utilizados no trato das vacas leiteiras são um entrave ainda no desenvolvimento da pecuária leiteira. O custo do kg por massa seca usado na dieta se tornou 40%mais caro nos últimos tempos. Segundo o palestrante ha sete pontos importantes a serem debatidos: Profissional responsável pelo plano de alimentação - não compensa " fazer experimentos" na produção leiteira de fato e sim é necessário acertar de primeira. Este profissional sim, deve minimizar os custos e maximizar a utilização da alimentação. No plano alimentar é necessário : Dividir, distribuir lotes. Conhecer as forrageiras. Entender o manejo. Vaca gosta de rotina, tudo o que altera sua rotina reduz sua produtividade. Avaliar o desempenho sempre. Medir a produtividade, colocar no papel hoje não tem espaço para produtores que não sejam tecnificados. Entendimento do mercado alimentar. Ração, subprodutos, aditivos, etc. Avaliar se a dieta está adequada e fazer adequações (redistribuir lotes, maximizar resultados, etc,). O ciclo se repete a cada 30dias e portanto este técnico deve estar atento a qualquer mudança de cenário na fazenda leiteira. É preciso ter o controle leiteiro do rebanho mensal para que vc possa ajustar o rebanho, alimentação, etc. O ideal segundo o palestrante é trabalhar com 3 dietas de forma a nivelar o rebanho. 2. Forrageiras - a exigência energética do gado é em sua maioria proveniente da forragem. 3. Transição - período em que as vacas estão entre a fase pós parto até 180 dias. As vacas que recebem alimentação especial por 90 dias permaneceram produzindo bem por mais 90 dias tendo como base o efeito residual. 4. Saúde - atenção aos animais que doentes não produzem! Descarte - é preciso fazer o descarte das vacas que não apresentarem desempenho adequado nos ranqueamentos. 5. Manejo focado em maximizar o consumo - alta produção de leite e alto consumo estão na mesma altitude. Deve-se estimular o consumo de forragem que tem menor custo. Uma opção é usar duas dietas colocando silabem no meio do dia para aumentar a produtividade e segurar os custos. Assim a vaca come mais e produz a mesma coisa que se ela fosse confinada... As técnicas de manejo tbem influenciam muito nos resultados da propriedade, um exemplo é a produção da ração dentro da propriedade...seria interessante mas e a qualidade de vida do produtor? 6. Monitoramento dos indicadores - tem que ter um bom sistema e mensurar principalmente os custos mais elevados da propriedade. Medir a eficiência alimentar é o ponto base no monitoramento da produção leiteira. Da mesma forma que temos que saber quanto nosso carro gasta de combustível temos que saber qual o custo para se produzir um litro de leite na sua propriedade. Fonte:Juliana Barbosa direto do Interleite Sul - Passo Fundo/RS

Tendências para a produção de leite no mundo segundo Mark Stepherson (University of Wisconsin)

O palestrante iniciou falando sobre a produção de leite nos EUA, em seguida comparou as produções mundiais como a de leite em pó como é o caso da Nova Zelandia, maior produtor mundial. Como economista ele explicou que o Brasil tem grandes chances de se tornar competitivo em termos mundiais, dependendo de como vai conduzir sua produção e como vai conduzir suas políticas de comercialização. Quando se considera o cenário mundial é fácil identificar que os subsídios nao tem sido adequados para a produção européia. Os produtores canadenses tem uma maneira de subsidiar sua produção diferenciada quando compara a outros países da América baseados na produção intensiva com custosa baseados na quantidade de gordura presente na "gordura do leite". Já os custos do leite americano estão muito atrelados ao custo da alimentação dos animais devido a grande variação dos preços das comodites, diferentemente da Nova Zelandia que tem um modelo de negocio diferente baseado na criação do gado a pasto e muitos custos são fixos, e os custos variáveis são acompanhados de perto pelo governo de forma que ele subsidia com maior facilidade estes custos. Os EUA é ainda responsável pela balança comercial mundial de leite. O modelo futuro esta ligado na diminuição dos custos variáveis e aumentos dos custos fixos de forma a facilitar a gestão do negócio. Que tipo de produtor de leite o Brasil quer ser? Com certeza o mesmo que os EUA não é o melhor! Fonte:Juliana Barbosa - direto do interleite em Passo Fundo - RS